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Em Pauta Conjuntura: Protestos contra Temer marcam o 7 de setembro

23 de maio de 2017

 

Em todo 7 de setembro, tradicionalmente, acontecem as manifestações Grito dos Excluídos. A 22ª edição aconteceu 7 dias após o golpe que afastou a presidenta eleita Dilma Rousseff. Com o lema ‘Este sistema é insuportável: Exclui, degrada, mata’, o Grito marcou o feriado com protestos por diversas cidades do país. Convocados por movimentos sociais e populares, com o apoio da Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, as manifestações alertaram para a ameaça de perda de direitos representada pelo governo de Michel Temer.

Cerca de 30 mil mineiros saíram às ruas de Belo Horizonte pedindo por Diretas Já, contra o presidente Michel Temer, a quem acusam de “golpista”. Eles partiram da praça Raul Soares e caminharam pacificamente pela avenida Amazonas até chegar na Praça Sete de Setembro, no centro da capital mineira.

No Rio de Janeiro, o Grito dos Excluídos levou milhares ao centro da cidade. O senador Lindbergh Farias (PT) esteve presente e disse que as mobilizações estão provando que não vai ser fácil para os “golpistas” tentarem avançar na retirada de direitos.

Além do ‘Fora Temer’ e reivindicações por novas eleições diretas já, o Grito ganha conotações locais em cada cidade. No Espírito Santo, nas cidades de Colatina e Linhares, ribeirinhos atingidos pela lama da Samarco do desastre de Mariana (MG), pediram justiça, com punição para a empresa, e cobraram indenizações ainda pendentes para os afetados.

Em Macaé, no estado do Rio de Janeiro, na Região dos Lagos, importante região ligada a produção de petróleo em alto mar, dezenas de pessoas se manifestaram em defesa da Petrobras e contra a flexibilização das regras de exploração do pré-sal, que aumentar a participação das multinacionais petroleiras, conforme consta em projeto elaborado pelo então senador José Serra, que tramita atualmente no Congresso Nacional.

Em São Paulo, o Grito dos Excluídos levou 15 mil pessoas às ruas pela luta em defesa dos direitos civis e trabalhistas, ameaçados pelo novo governo. A marcha saiu da praça Oswaldo Cruz, onde se inicia a Avenida Paulista, por volta de 10h30. Sem portar os equipamentos repressivos dos últimos protestos, poucos policiais acompanharam os manifestantes, que caminharam pela Paulista, tomaram a Avenida Brigadeiro Luis Antônio e rumaram ao Parque do Ibirapuera. Na descida, juntaram-se à marcha o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o ex-senador Eduardo Suplicy.

No trajeto, próximo ao Parque do Ibirapuera, a manifestação passou em frente à sede do PMDB, que estava resguardada por forças policiais. Os manifestantes afirmaram que o partido é “golpista” e “traidor da nação brasileira”. O ato seguiu pacifico até o obelisco do Parque, que também contava com forte presença policial.

Em Brasília, o Grito reuniu 10 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios, onde acontecia o desfile do 7 de setembro. Com medo das vaias, o usurpador Temer desfilou em carro fechado e sem usar a faixa de presidente da República, bem diferente dos presidentes eleitos democraticamente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que sempre fizeram questão de desfilar em carro aberto e com a faixa. Mesmo escondido dentro do veículo fechado, o golpista recebeu vaias e gritos de ‘Fora Temer’ do público nas arquibancadas.

A orla da praia de Iracema, em Fortaleza (CE), foi totalmente tomada na tarde e começo da noite de ontem por 20 mil manifestantes que exigiam a saída do presidente usurpador Michel Temer e eleições diretas para o povo escolher o próximo presidente. Foi o maior protesto já feito na cidade pela saída de Temer.

Para Luís Nassif, essas e as outras manifestações que estão sendo realizadas em todo o Brasil demonstram que a campanha “Fora Temer” está crescendo em uma velocidade surpreendente e caminha para se tornar elemento relevante, capaz de desequilibrar o jogo político. “Não há sinal de que o ‘Fora Temer’ irá arrefecer. Nos próximos dias, entrarão na pauta do Senado os temas fiscais, o avanço nos direitos dos aposentados a seco, sem negociação. Além disso, a mera presença de pessoas como Geddel e Padilha falando em nome do governo – ao lado de Temer – é um estímulo diário à revolta e indignação da opinião pública”, afirma Nassif, que completa: “O ‘Fora Temer’ está vindo acompanhado de um desnudamento gradativo das artimanhas do golpe. Há luz à frente, e não é apenas o da locomotiva chegando na contramão”.

Hoje, os protestos continuam. A Frente Povo Sem Medo convoca a população para uma mobilização no Largo da Batata, às 17h. Outras cidades, como Salvador, Natal, Belo Horizonte e Recife também serão palco mobilizações agendadas em defesa da democracia.

 

Confira outros destaques:

1. Com vaias para ‘presidente em exercício’, Rio abre Jogos Paralímpicos

Assim como na abertura da Olimpíada Rio 2016, no mês passado, a cerimônia de abertura da Paralimpíada, realizada ONTEM (7), no mesmo estádio do Maracanã, foi marcada por vaias e gritos de “Fora, Temer”, momentos antes de o presidente chegar à tribuna. Temer foi uma das últimas autoridades a ocupar o espaço reservado no Maracanã. Ele chegou com as luzes do estádio apagadas e sem ter seu nome anunciado pelo serviço de som. Leia mais aqui.

2. O rio que desceu a Paulista já mudou o país

O que era verdade no Brasil, deixou de sê-lo a partir de domingo (04/07). Um banho de rua a renovou a agenda da nação. O levante de 100 mil pessoas contra o golpe desautorizou a soberba conservadora e sacudiu a letargia de setores progressistas. Gigantesca no tamanho, ampla na pluralidade e democrática nas bandeiras, a mobilização que tomou conta de São Paulo depois de o governo ter tentado proibi-la, reafirmou a experiência social: nas encruzilhadas da história, os fatos caminham à frente das ideias. Leia mais aqui.

3. No Le Monde, Dilma denuncia “guerra política, suja e hipócrita” no Brasil

Em entrevista ao jornal francês Le Monde, no Palácio da Alvorada, em Brasília, após o processo de impeachment, a presidente eleita e afastada Dilma Rousseff denunciou o que chama de “uma guerra política, suja e hipócrita”. O jornal francês referiu-se à Dilma como “ex-guerrilheira” e às acusações contra ela de “manipulações contábeis usadas oficialmente para causar a sua queda”. Na entrevista, Dilma afirmou que o processo de impeachment foi uma fraude. Uma ruptura democrática, que criou um clima de insegurança nas instituições políticas, afetando toda a América Latina. Leia mais aqui.

4. Em novo slogan, marqueteiro de Temer chama manifestantes de ladrões

Depois de tentar emplacar o “Bora, Temer”, como sua resposta ao “Fora, Temer”, o publicitário Elsinho Mouco, que cuida da imagem de Michel Temer, pretende apresentar um novo slogan: “Fora, ladrões”. Segundo ele, não haveria vacina melhor contra os “desaforos da oposição”, mas o risco é slogan se voltar contra o próprio PMDB. Leia mais aqui.

5. Defesa de Lula repudia novo ataque da Lava Jato à reputação do ex-presidente

A defesa do ex-presidente Lula divulgou nota repudiando nova tentativa da parte dos integrantes da Operação Lava Jato de atacar a sua reputação e destruir a sua imagem. O Ministério Público Federal entrou anteontem (6) com pedido ao juiz Sérgio Moro para que a Secretaria de Administração da Presidência da República seja chamada a avaliar os mais de 180 objetos apreendidos pela Polícia Federal em um cofre do Banco do Brasil, em nome do ex-presidente. A suspeita dos investigadores é que os objetos poderiam fazer parte do acervo público da Presidência, e não do acervo pessoal de Lula. Leia mais aqui.

6. Paim: Manifestações podem iniciar uma primavera brasileira pró-democracia

Em artigo, o senador Paulo Paim avalia que as manifestações tendo movimentos sociais e populares na linha de frente – pedindo o “Fora Temer” – atestam que a crise em que o País se encontra está longe do fim. Para ele, caso a voz das ruas e das mídias sociais tenha o poder de ampliar a mobilização popular, “poderemos assistir a um levante não só de resistência, mas de transformações sociais, políticas e econômicas”. A enorme crise que está posta, segundo Paim, só será solucionada com o povo nas ruas, ordeiramente, sem aceitar provocações, transformando o País numa bela e democrática primavera brasileira. Leia mais aqui.

7. Sindicato de Jornalistas denuncia agressões da PM a fotógrafos

“SOCORRO: Companheiros, esta é uma grave denúncia: a PM de São Paulo está prendendo os jornalistas que se identificam com a carteira da Fenaj na manifestação ‘Fora, Temer’, no centro da capital paulista. Nós precisamos URGENTE da ajuda de todos os colegas de profissão para denunciar mais esta truculência. A gravidade da situação beira os anos de chumbo. Temos que caminhar todos juntos”, postou Alan Rodrigues, diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, denunciando a truculência da PM durante os atos contra Michel Temer. Leia mais aqui.

8. Entenda as ameaças da PEC do Estado Mínimo proposta por Temer

O golpe contra o mandato da presidenta Dilma serviu de pretexto para os golpistas atacarem os direitos sociais e trabalhistas dos brasileiros. Prova disso é a Proposta de Emenda à Constituição 241/2016, enviada por Temer ao Congresso no dia 15 de junho. Por meio da PEC 241, o governo golpista pretende congelar gastos públicos por 20 anos. Leia mais aqui.

9. Câmara já tem votos para cassar Eduardo Cunha

Um levantamento do jornal O Globo junto aos 513 deputados federais revela que já há votos suficientes para a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na próxima segunda-feira 12, caso a sessão seja mesmo realizada. Do total de parlamentares, 260 abriram o voto pela cassação, três a mais do que o mínimo necessário de 257 votos. Leia mais aqui.

10. TVT – Melhor e Mais Justo: #DiretasJá2016

Hoje, a partir das 15h30, Laura Capriglione, do Jornalistas Livres, e Paulo Moreira Leite, do Brasil 247, debatem as mobilizações nas ruas por novas eleições no programa #DiretasJá2016: o grito que vem das ruas! O programa será ao vivo no Facebook da TVT. Participe, enviando perguntas aos convidados!

 

 

 

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