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Em Pauta: Reforma Política

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Em 60 anos, Petrobras acumula conquistas e desafios

11 de novembro de 2013

Líder mundial em tecnologia para exploração de petróleo em águas profundas, a empresa tem agora o desafio de estabelecer parcerias para a retirada de óleo em águas ultraprofundas, na camada pré-sal.

A Petrobras comemora 60 anos, numa trajetória marcada por desafios transformados em conquistas. Líder mundial em tecnologia na exploração de petróleo em águas profundas, a empresa agora inicia a aplicação do conhecimento adquirido nesse período para estabelecer parcerias e assegurar a retirada de óleo em águas ultraprofundas, na chamada camada pré-sal. Trata-se de uma descoberta de reservas ocorrida no primeiro mandato do ex-presidente Lula, que vislumbrou a necessidade de ajustar o marco legal para permitir que a exploração aconteça por meio da partilha de produção, onde a riqueza finita do petróleo, transformada em recursos, será aplicada em educação e saúde.

A Petrobras foi criada no dia 3 de outubro de 1953, quando o então presidente Getúlio Vargas assinou a Lei 2.004. O movimento de constituir uma empresa petrolífera no Brasil decorreu das manifestações populares ainda em 1946, quando a população defendia o petróleo nacional. “É, portanto, com satisfação e orgulho patriótico que hoje sancionei o texto de lei aprovada pelo Poder Legislativo, que constitui novo marco da nossa independência econômica”, disse Vargas na ocasião.

A nova lei dizia que caberia à nova empresa executar as atividades do setor petrolífero e, assim, a Petrobras deteria o monopólio estatal de exploração, que perdurou até 1998, quando esse monopólio foi quebrado e permitiu a entrada de empresas privadas na atividade.

No período pós-guerra, o petróleo foi a ferramenta usada pelo ex-presidente Getúlio Vargas para industrializar o Brasil a partir de 1950.  Na opinião do historiador Bernardo Kocher, da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vargas, um desenvolvimentista, entendia que isso seria possível por meio da presença estatal e o ex-presidente teve de enfrentar as forças do atraso – elas, infelizmente, existem ainda nos dias atuais – porque havia forte pressão à ideia da capacidade de o Brasil produzir petróleo em suas terras e ainda mais no mar. O professor lembra que os geólogos internacionais não corroboravam essa posição, mas Vargas não se deu por satisfeito e também transformou a Petrobras em uma empresa de pesquisa e prospecção de petróleo no território nacional.

Certamente Vargas comemoraria a decisão do ex-presidente Lula de criar uma lei prevendo o modelo de exploração pela partilha de produção, algo que será inaugurado pela presidenta Dilma com a licitação do campo de Libra, justamente num poço em águas ultraprofundas, a 6.980 metros, fruto da pesquisa e dos estudos que começaram lá em 1953.

Ao dominar esse ciclo de exploração em águas profundas e na camada do pré-sal, hoje a Petrobras mantém a pesquisa em ritmo acelerado para cumprir a meta de dobrar a atual produção de petróleo até 2020, chegando a 4,2 milhões de barris por dia. Neste ano, nove plataformas, com capacidade de produção somada de 1 milhão de barris entram em operação e serão recebidas 28 sondas de perfuração marítimas para águas ultraprofundas.

Ao acreditar na capacidade da empresa de perfurar a camada do pré-sal, surgiu outra oportunidade no Brasil: o resgate da indústria naval, já que os equipamentos estão sendo construídos em solo brasileiro e cresce a cada dia o uso de componentes nacionais. Prova desse resgate da indústria naval é que, para transportar o petróleo extraído no mar até a costa, 49 navios já foram encomendados – cinco já foram entregues.

Reservas
As reservas provadas no Brasil hoje são de 15,7 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural), mas novas descobertas podem dobrar esse volume nos próximos anos. Hoje, a empresa tem 12 refinarias em operação no Brasil, duas em implantação e outras duas em fase de projeto.

Pré-sal
Segundo a Petrobras, o pré-sal tem características técnicas especiais que não representam obstáculos. Entre elas, a profundidade dos reservatórios e a existência de camadas espessas de sal acima dos reservatórios – tecnologia já dominada pela empresa brasileira. “Na qualidade de maior operadora em águas profundas, a Petrobras acumulou enorme experiência nesse tipo de atividade, e esta tem sido a base da contínua evolução tecnológica, agora também com foco no pré-sal”, assegura a empresa em nota sobre seus 60 anos.

Também acrescenta que, do ponto de vista de capacidade financeira, a empresa tem fluxo de caixa próprio e, à sua disposição, diversas fontes de financiamento nas atuais e nas futuras áreas exploratórias, tanto em regime de concessão quanto na partilha. Numa linguagem simples, a Petrobras tem “bala na agulha”.

Para o futuro, as metas estão contidas no Plano de Negócios e Gestão para o período de 2013 a 2017, onde se projeta a produção no pré-sal de 1 milhão de barris de petróleo por dia, o que deverá acontecer em 2017. Em 2020, a Petrobras estima que a produção do pré-sal corresponderá a 50% da produção total de petróleo no Brasil, significando mais de 2 milhões de barris de petróleo por dia.

A construção das plataformas P-61 e P-63, destinadas ao Campo de Papa Terra, na Bacia de Campos, estão entre os principais projetos de exploração e produção neste momento. A construção da P-63 já foi concluída e a unidade já está na locação, ou seja, no local onde vai extrair petróleo. A P-61, por sua vez, vai chegou ao local em setembro e a produção começa em dezembro.

No segmento de abastecimento, a Petrobras considera como principais projetos em implantação a Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e a primeira fase do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A entrada em operação dos dois empreendimentos está programada para novembro de 2014 e agosto de 2016, respectivamente.

Outros desafios
A Petrobras trabalha para ampliar a oferta de combustíveis e para esse objetivo ser atendido quatro novas refinarias serão acrescentadas ao portfólio da empresa. Na área de refino, a previsão é aumentar a produção de derivados – diesel, gasolina e querosene de aviação – dos atuais 2,1 milhões de barris por dia para 3 milhões barris em 2020. A Refinaria Abreu e Lima e o Comperj serão os responsáveis por esse aumento da produção.

No segmento de fertilizantes, o objetivo é dobrar a atual capacidade de produção de ureia, atingindo 3,5 milhões de toneladas em 2020. Para isso, duas unidades de fertilizantes, uma no Mato Grosso do Sul e outra no Espírito Santo, estão sendo construídas. Em julho deste ano, essa capacidade – que era de 1,1 milhão de tonelada/ ano – chegou a 1,8 milhão tonelada/ano com a aquisição da Fábrica de Fertilizantes do Paraná.

Fonte: Site do PT

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