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Em Pauta Conjuntura: Mobilização em apoio ao ex-presidente Lula em Curitiba

24 de maio de 2017

Amanhã (10/05), haverá uma mobilização de forças populares em Curitiba, em defesa da Justiça e em solidariedade ao presidente Lula, que, pela primeira vez, será ouvido pelo juiz Sérgio Moro.

Apesar do adiamento da audiência, com o intuito de enfraquecer a mobilização em apoio a Lula, muitos movimentos sociais e lideranças políticas declararam que irão à capital paranaense prestar sua solidariedade ao ex-presidente. O líder do MST, João Pedro Stédille, disse que o movimento deverá levar cerca de 20 mil pessoas a Curitiba. Após o depoimento, o MST pretende realizar um ato em favor de Lula. Já a CUT informou que pretende levar cerca de 30 ônibus com militantes que deverão sair de São Paulo rumo a capital paranaense.

Os organizadores da mobilização em apoio a Lula tomaram conhecimento de restrições impostas por uma medida judicial para proibir a livre movimentação e as condições de permanência na cidade, visto que proíbe acampamentos e palanques, sob a alegação de garantir a incolumidade das pessoas e do patrimônio. A juíza Diele Zydek, que vetou as manifestações, é militante, nas redes sociais, contra o PT. No dia 4 de março de 2016, data da condução coercitiva do ex-presidente Lula, ela afirmou que “a casa caiu para Lula”. Dias depois, ela também se manifestou contra a nomeação de Lula para a Casa Civil, um ato legal da presidente deposta Dilma Rousseff, que foi derrubado por uma liminar do ministro Gilmar Mendes.

Se, de um lado, os esforços são no sentido de desmobilizar o apoio ao ex-presidente na ocasião do seu depoimento, de outro, tentam incessantemente extorquir novas delações que o comprometam. O depoimento do ex-diretor da Petrobras Renato Duque é mais uma dessas tentativas de fabricar acusações contra Lula, nas negociações entre os procuradores da Lava Jato e réus condenados, em troca de redução de pena. Como, até agora, não conseguiram produzir nenhuma prova das denúncias levianas contra o ex-presidente, depois de dois anos de investigações, quebra de sigilos e violação de telefonemas, restou aos acusadores apelar para a fabricação de depoimentos mentirosos.

Lula manifestou o desejo de que o seu depoimento fosse transmitido ao vivo, por entender que esse era também o momento de “prestar contas à sociedade brasileira”. “Faz três anos que eu sou massacrado 24 horas por dia; essa vai ser a primeira vez vou estar frente a frente [com os acusadores]”, afirmou em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar na semana passada. Lula queria transparência, daí a reivindicação da transmissão ao vivo. Uma movimentação iniciada por militantes cobrando a transmissão ao vivo do depoimento de Lula ganhou corpo nas redes sociais. “Deixe o Lula falar” e “Quem sabe faz ao vivo” foram algumas das palavras de ordem contidas em uma série de “memes” veiculados na internet.

Os procuradores da Operação Lava Jato não só foram contra a transmissão ao vivo, como querem impedir que os advogados do ex-presidente gravem seu depoimento diante do juiz Sérgio Moro. Em manifestação assinada por Deltan Dallagnol e mais 12 membros do Ministério Público Federal no Paraná, o órgão argumenta que uma eventual gravação feita pelos advogados de Lula poderia acabar por vazar para a imprensa e revelar detalhes indevidos do processo, inclusive falas entre o depoente e seus advogados, vindo a prejudicá-lo. É isso mesmo. Dallagnol e seus colegas querem proibir que Lula e seus defensores gravem seu depoimento e afirmam que, com isso, estão querendo proteger os direitos do próprio Lula.

Assim, após dezenas de vazamentos indevidos ocorridos no âmbito da Lava Jato, via de regra para veículos de imprensa conservadores, que utilizam os objetos de vazamento de maneira a prejudicar ainda mais os acusados da Lava Jato, agora, quando Lula ficará frente a frente com Sérgio Moro, Dallagnol e seus colegas mostram o zelo que possuem pela manutenção de informações processuais sigilosas, independentemente do fato de ser o depoimento de Lula público e aberto a todos os interessados.

O juiz Sergio Moro divulgou um vídeo, no qual pede a seus fãs que não compareçam à disputa que o magistrado mesmo marcou quando decidiu tomar o depoimento de Lula na sede da Justiça Federal em Curitiba. Moro teme as consequências de sua insensatez ao alardear aos quatro ventos que ouviria Lula pessoalmente na capital paranaense. Alguns estão dizendo que ele está com medo de perder de Lula em número de manifestantes ou até de não haver manifestantes do seu lado. No entanto, não dá para subestimar movimentos fascistas, que certamente irão, em caravana, somar-se ao antipetismo dos apoiadores de Moro.

Por esse motivo, quem for participar das mobilizações em solidariedade ao ex-presidente Lula deve tomar conhecimento das orientações divulgadas pela Frente Brasil Popular, uma das principais organizadoras da “Jornada de Lutas pela Democracia – por Lula e por Nós”, no site da entidade www.frentebrasilpopular.org.br.

 

Confira outros destaques:

1. Lula avisa: ‘Se quiserem tentar me impedir, que tentem. Vamos brigar na Justiça’

Em discurso de pouco mais de 51 minutos, na abertura da etapa paulista do 6º Congresso do PT, ao lado do colega uruguaio Pepe Mujica, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou a Lava Jato, a Rede Globo e a elite brasileira a disputar a eleição presidencial de 2018 com ele nas ruas. Mencionou a “burguesia que não se respeita, que aceita tudo o que vem dos Estados Unidos, da Europa” e acrescentou: “é pra essa burguesia que odeia tanto aqueles que lutam por direitos, que odeia tanto aqueles que querem democracia, que eu quero dizer: se preparem, porque agora eu quero ser candidato a presidente da República”. Sem inicialmente citar a operação Lava Jato, o Ministério Público Federal ou estadual, Lula avisou: “Se quiserem tentar me impedir legalmente, que tentem. Vamos brigar na Justiça. Mas eu vou andar por este país. Vão ter que competir comigo andando nas ruas, conversando com o povo brasileiro”. Leia mais aqui.

2. Veja como foram os Congressos estaduais do PT

Entre os dias 5 e 7 de maio, foram realizadas as etapas estaduais do 6º Congresso Nacional do PT – Marisa Letícia Lula da Silva, com eleições simultâneas em 24 estados, já que Bahia, Pernambuco e Maranhão adiaram as datas. Os delegados estaduais votaram para presidente estadual, chapa de diretório e para delegados nacionais, que terão direito a voto na etapa nacional, prevista para os dias 1º a 3 de junho. O ex-presidente Lula e o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica participaram da abertura em São Paulo. Confira a cobertura em todo País aqui.

3. Na ONU, Brasil é cobrado por implantação do Plano Nacional de Educação

O mundo acompanha atentamente os desdobramentos das políticas públicas no Brasil. O Plano Nacional de Educação (PNE), definido pela lei 13.005, de 2014 – discutido durante todo o primeiro mandato de Dilma Rousseff junto à comunidade educacional – e seus desdobramentos em níveis estaduais e municipais, foi um dos destaque da semana passada em Genebra, Suíça, onde estava sendo avaliada a situação brasileira em direitos humanos no Conselho de Direitos Humanos da ONU. A audiência foi parte do terceiro ciclo da Revisão Periódica Universal (RPU), principal mecanismo de avaliação na área em relação aos Estados-membros da organização, que ocorre a cada quatro anos e meio. Dos 109 países que participaram da sessão, 17 citaram explicitamente a necessidade de o Brasil implementar o PNE. Leia mais aqui.

4. Feira do MST atrai 170 mil pessoas na capital paulista

Entre os dias 4 e 7 de maio, 170 mil pessoas passaram pela 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo (SP). De acordo com a estimativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), organizador do evento, a feira este ano superou o sucesso de 2015, quando 150 mil visitantes passaram pela primeira edição da atividade. O ex-presidente do Uruguai José (Pepe) Mujica esteve presente na Feira na manhã de sábado (6/05) e, em entrevista coletiva para jornalistas de veículos independentes, defendeu a importância da luta dos camponeses e da distribuição de terra. “A terra não pode ser um calvário de pobreza, tem que ser também um instrumento de libertação, para compaixão e poesia, e não apenas para negócios. Tem que colocar a alma para plantar. Terra plantada sem alma é um fracasso”, opinou. Leia mais aqui.

5. Policial acusa: Temer aparelha o órgão por votos na Previdência

O superintendente da Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina, Fabrício Colombo, fez uma denúncia bombástica: acusou o governo de Michel Temer de aparelhar o órgão, em troca de votos para a reforma da Previdência. Em razão disso, ele decidiu pedir demissão e gravou um vídeo em que aponta o aparelhamento. “A gente já vinha sofrendo várias pressões políticas. E isso não é algo que coaduna com o que eu imagino como ideal para a sociedade. Eu acho que a polícia não pode estar vinculada a nenhum tipo de política. Para mim, pela constituição, polícia é órgão de Estado e não de governo”, disse. Leia mais aqui.

6. IBGE poderá cobrar pelo acesso às informações

O Sindicato Nacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (ASSIBGE) acusa o atual presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, nomeado por Michel Temer, de contrariar as diretrizes do Manual de Organizações de Estatísticas da ONU, no quesito onde é preconizado que a nomeação dos chefes de instituições de estatística deve ser realizada com independência, não submetido às influências de interesses governamentais, tendo vindo a público, em diversas ocasiões, para fazer defesa às reformas promovidas pelo governo Temer. A entidade também alerta que o presidente do IBGE já declarou que pretende mudar a prestação de serviços da entidade, para que a produção de pesquisas funcione num sistema de “pesque e pague”, onde o resultado dos trabalhos desenvolvidos pelo IBGE serão mercantilizados para os cidadãos interessados, restringindo a abertura dos dados. Leia mais aqui.

7. Macron é o novo presidente da França por ampla margem

Emmanuel Macron foi eleito presidente da França neste domingo (7/05), derrotando Marine Le Pen, uma nacionalista de extrema-direita que ameaçou retirar o país da União Europeia. A vitória do candidato centrista deve ser significativa, aliviando preocupações de aliados europeus que temiam outra agitação populista na sequência da decisão em referendo do Reino Unido por deixar a União Europeia e da eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. O ex-banqueiro de investimentos de 39 anos, que foi ministro da Economia por dois anos, mas nunca havia ocupado um cargo eletivo, irá agora se tornar o mais jovem líder francês desde Napoleão, sob uma promessa de superar ultrapassadas divisões entre esquerda e direita. Leia mais aqui.

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