“Governo usurpador, antipopular e desonesto”, assim definiu Rui Falcão, em artigo desta semana, o governo do interino Michel Temer. O presidente do Pt ressaltou a falta de popularidade do governo PMDBista, lembrando que mais de dois terços do país não o querem no lugar de Dilma.

O Ministério Público Federal pediu o bloqueio de bens de Eliseu Padilha, ministro interino da Casa Civil. O MPF pede a devolução de 300 mil reais, referentes a uma funcionária “fantasma” que o então deputado mantinha em seu gabinete. No artigo “Xadrez de Temer e o caso dos 10 negrinhos”, Luis Nassif detalha a carreira política de Eliseu padilha, desde a época de FHC. A queda do ministro parece ser uma questão de tempo.

No Senado, Fátima Bezerra (PT-RN) afirma que o interino tem pressa de “jogar o ônus da crise nas costas do trabalhador”. Para a senadora a população tem razão de esperar retrocessos maiores do que os que a ditadura nos impôs. Entre as emendas citadas por ela, a PEC que limita os gastos públicos
nos próximos é a mais grave e pode deixar a Educação e Saúde em frangalhos. “O Plano Nacional de Educação não fica em pé com uma proposta como essa”, afirmou a senadora.

Na Câmara dos Deputados, Tereza Campello denuncia que Temer cancelou o reajuste ao Bolsa Família, que havia sido anunciado por Dilma Rousseff no dia 1º de maio. Cerca de 14 milhões de famílias foram impactadas pela medida.

Já o deputado Waldir Maranhão (PP) – presidente interino da Câmara dos Deputados – determinou à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a retirada de uma consulta feita por ele mesmo ao colegiado, questionando os ritos da tramitação de pedidos de cassação de mandato. A medida seria uma retaliação a Cunha, numa disputa que envolveria a presidência da CPI da DPAVT riada por Cunha em maio para apurar “denúncias e supostas irregularidades na concessão do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres”.