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Em Pauta Conjuntura: Governo golpista causa desemprego recorde

24 de maio de 2017

 

Quando o então vice-presidente Michel Temer se articulou com outras forças no país para afastar a presidenta eleita, Dilma Rousseff, eram duas as razões explicitadas: ela não tinha governabilidade por causa da corrupção e pela crise econômica que afetava o povo, principalmente, com o aumento do desemprego. Passados oito meses, o Brasil tem o seguinte cenário sob o comando de Temer e sua trupe: megadelação da Odebrecht homologada pelo STF que atingirá em cheio o coração de seu governo e o recorde na taxa de desemprego.

O IBGE divulgou na terça-feira (31) que o Brasil atingiu 11,5% na taxa de desemprego atingindo 11,8 milhões de pessoas em 2016. É a maior taxa já registrada na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, representando uma alta de 37%. Em 2015, a taxa média do ano já havia disparado e ficado em 8,5%, com 8,6 milhões de pessoas desempregadas, contra os 6,8% do ano anterior. E o rendimento médio real habitual de todos os trabalhos se contraiu em 2,3% entre 2015 e 2016 (caindo de R$ 2.076 para R$ 2.029). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Ao contrário de “recuperar” a economia, a pesquisa do IBGE aponta para uma recessão sem precedentes. O desastre social é, em parte, resultado da condução irresponsável da Operação Lava Jato, que compromete as principais empresas produtivas nacionais. Também contribui para a grave situação o ataque à política de “conteúdo nacional” que destroça o parque industrial na área de petróleo e gás.

De acordo com o professor Giorgio Romano Schutte, da Universidade Federal do ABC, apesar do golpista Michel Temer tentar vender otimismo, a realidade o desmente, pois ele afirmou que o país está saindo da crise no mesmo dia em que o IBGE anunciou recorde de desemprego e de déficit.

Para o professor, o cenário não é nada promissor, apesar da tentativa do Planalto de defender o contrário: “Daqui para a frente, há muita incerteza. Estão numa ofensiva muito grande de vender otimismo, na Globo, nos jornais. Só que esse otimismo não se traduz em investimentos”.

Schutte destacou ainda que a capacidade ociosa está muito alta e a taxa de investimento, um dos principais indicativos da economia, “baixíssima”, em torno de 16,5%. “Deveria estar no mínimo em 23%, 24%. Se não tem investimento e não tem poder de compra, se há aumento de desemprego, restrição do crédito, não há demanda necessária interna para projetar perspectivas positivas”.

Esse é o retrato do desastre econômico produzido pelo golpe de 2016: a economia em frangalhos e o desemprego assombrando os brasileiros. E segundo especialistas, esse índice de desemprego só deve ficar novamente abaixo de 10% em 2019.

 

Confira outros destaques:

1. PT na Câmara define apoio à candidatura de André Figueiredo (PDT)

A Bancada do PT na Câmara dos Deputados decidiu apoiar a candidatura de André Figueiredo, do PDT, para a presidência da Casa. A definição foi anunciada após reunião da Bancada, na tarde de terça-feira (31), em Brasília. A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados acontecerá hoje, dia 2 de fevereiro. Leia mais aqui.

2. Em 2016, 50 mil despejados no estado de São Paulo

Em 2016 o Estado de São Paulo registrou um aumento de 247% no número de moradias retomadas pelos bancos por falta de pagamento. Em bom português, 14.184 famílias perderam suas casas em decorrência da crise econômica e política na qual o país está afundado até o pescoço. Os dados foram levantados pela Associação dos Registradores Imobiliários (Arisp). A proporção entre a quantidade de imóveis retomados e o total de intimações subiu de 5%, em 2015, para 14,3% em 2016. O número representa o dobro da média dos últimos sete anos. Leia mais aqui.

3. Com Dilma, PT promove 2º Encontro Nacional de Mulheres Eleitas

A Secretaria Nacional de Mulheres do PT promoverá, nos dias 17 e 18 de fevereiro, o 2º Encontro Nacional de Mulheres Eleitas pelo PT. Com presença confirmada da presidenta eleita Dilma Rousseff, o evento reunirá as prefeitas, vice-prefeitas e vereadoras eleitas em 2016 e será uma oportunidade para refletirem e trocarem experiências sobre a necessidade da mulher assumir os espaços de poder. O encontro será realizado no Hotel San Marco, em Brasília. Leia mais aqui.

4. Privatização e PDV irão reduzir Eletrobras à metade

Depois de anunciados os Planos de Demissão Voluntária no Banco do Brasil, na Caixa, nos Correios, agora chegou a vez da Eletrobras, a maior companhia do setor de energia elétrica da América Latina e líder de 12 subsidiárias que atuam nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, além de deter metade do capital de Itaipu Binacional. A empresa vai colocar em prática, nos próximos meses, um Plano de Demissão Voluntária (PDV) e o incentivo à aposentadoria de seus funcionários reduzindo a força de trabalho em 5 mil funcionários. Junto com a previsão de desligamento de 6 mil funcionários relativos às distribuidoras que deverão ser vendidas este ano, a Eletrobras reduzirá o total de seu contingente de 23 mil para 12 mil pessoas. Leia mais aqui.

5. Paulo Pimenta e Jorge Solla cobram rigor na apuração de denúncia contra ministro do TCU envolvido na Lava Jato

Os deputados petistas Paulo Pimenta e Jorge Solla cobraram uma apuração rigorosa sobre a mais recente denúncia envolvendo o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes. O ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, disse, durante negociação de delação premiada na Lava Jato, que o ministro recebeu R$ 1 milhão em propina – entre 2011 e 2012 – para não criar empecilhos em procedimentos contratuais de uma plataforma. Leia mais aqui.

6. Após show midiático, Guido Mantega é absolvido em inquérito na Zelotes

O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi excluído das acusações pela Polícia Federal no esquema da Operação Zelotes. Instaurado em 2015, Mantega virou alvo por suspeita de atuação para modificar decisões do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) a favor de uma empresa. Em maio de 2016, a imprensa mobilizou o noticiário para acusar o ex-ministro. Isento de indícios, apenas a Agência Estado publicou que Guido Mantega foi “livrado” do inquérito. Leia mais aqui.

7. Delações da Odebrecht: sigilo por quê? São Paulo precisa saber a verdade

Dentre as notícias que circularam pelo mundo político neste primeiro mês de 2017, uma foi de arrepiar muitos membros do legislativo, como o Senador Aécio Neves, do primeiro escalão do governo golpista e o próprio Temer: o anúncio da homologação das 77 delações da Odebrecht. A homologação já era aguardada até o início do mês de fevereiro, conforme promessa do ex-relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki. A questão é que, apesar de homologar as delações, a ministra Cármen Lúcia, Presidente da Corte, manteve o total sigilo do conteúdo, para frustração da maioria dos brasileiros e brasileiras. É fundamental a quebra do sigilo das delações por parte do STF, imediatamente, antes que as eleições das mesas diretoras do Congresso ocorram e para garantir que a sociedade volte a confiar na justiça. Leia mais aqui.

8. Sob Temer, dívida líquida do setor público sobe de 35% para 46% do PIB

A dívida líquida do setor público não financeiro subiu de 43,8% do PIB (R$ 2,744 trilhões) em novembro e fechou 2016 em 45,9% do PIB (R$ 2,892 trilhões). Em 2015, a dívida líquida fechou em 35,6%. Essa é a maior relação dívida/PIB desde fevereiro de 2007 e o segundo pior resultado da série se considerarmos o balanço do ano, perdendo apenas para dezembro de 2006. Leia mais aqui.

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