No dia 18 de novembro, durante a COP30, foi realizado o evento “Caminhos para a Governança Climática”, com a participação de Dom Paulo Andreoli, reunindo lideranças religiosas, sociais e representantes da sociedade civil para refletir sobre os desafios e responsabilidades na condução das políticas climáticas. O encontro destacou a urgência de modelos de governança que coloquem a vida, a justiça social e o cuidado com a Casa Comum no centro das decisões.

Dom Paulo Andreoli ressaltou o papel ético, espiritual e político das igrejas e dos movimentos populares na construção de uma governança climática comprometida com os mais vulneráveis, especialmente povos periféricos, comunidades tradicionais e populações afetadas pelas injustiças ambientais. A fala reforçou a necessidade de diálogo entre fé, ciência e políticas públicas para enfrentar a crise climática de forma integral.

O evento também enfatizou a importância da participação popular, da transparência e da corresponsabilidade entre governos, sociedade civil e organismos internacionais. Como encaminhamento, foi reforçado o chamado à mobilização contínua, à incidência política e ao fortalecimento de alianças que garantam justiça climática, direitos humanos e sustentabilidade para as atuais e futuras gerações.

Os encaminhamentos do evento realizado em 18 de novembro na COP30 reforçaram o compromisso da Igreja Católica com a governança climática, destacando seu papel ético e político na defesa da justiça climática e do cuidado com a Casa Comum. Foi ressaltada a importância de integrar ciência, fé e saberes populares, a partir das contribuições do Prof. Dr. Mário Tito Almeida, garantindo que as decisões climáticas estejam fundamentadas em evidências científicas e conectadas às realidades dos territórios mais afetados.

Também foi enfatizado o fortalecimento das lideranças comunitárias e populares, com destaque para a fala de Rabeca Silva, assegurando a participação ativa das comunidades periféricas e tradicionais nos processos decisórios. Como encaminhamento central, o evento apontou para a necessidade de incidência política permanente, formação de lideranças e construção de redes entre igrejas, movimentos sociais e universidades, visando ações concretas e contínuas em defesa dos direitos humanos e da justiça socioambiental.