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Memória da Luta Antirracista: Feminismo negro, pensamento e militância de Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento

14 de novembro de 2025 | Diário de Formação

Autor/a do Relato: Isadora Pereira Trajano

Tipo/tema da atividade: Evento

Dias em que a atividade foi realizada: 05/11/2025

Quantos participantes essa atividade reuniu: 30

Cidade e estado foi realizada onde foi realizada: Porto Alegre

Relato da Atividade:

O encontro “Memórias Antirracistas: a construção do feminismo negro, o pensamento e a luta de Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento”, realizado no dia 05 de novembro no Centro Cultural da UFRGS, reuniu importantes vozes do movimento negro e do campo acadêmico para refletir sobre as trajetórias e o legado intelectual dessas duas referências fundamentais do pensamento feminista negro brasileiro. A atividade foi promovida pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o NEABI/UFRGS e a Escola Nacional de Formação do PT, fortalecendo o compromisso coletivo com a memória, a resistência e a produção de conhecimento a partir das experiências de mulheres negras.

O debate contou com a presença do pró-reitor de Ações Afirmativas e Equidade da UFRGS, da professora de sociologia Luciana Garcia de Mello, da coordenadora estadual do Movimento Negro Unificado do RS, Iya Sandrali, da coordenadora do Centro de Memória Sérgio Buarque de Holanda da FPA e de Isadora Trajano, integrante da equipe pedagógica da Escola Nacional de Formação do PT. A mediação foi realizada pela servidora da UFRGS Tamyres Filgueira, que conduziu com sensibilidade uma conversa marcada pela troca de saberes, valorização das ancestralidades e reafirmação do papel das mulheres negras na construção de um projeto de país mais justo e antirracista.

Resultados / Encaminhamentos:

Como resultado do encontro, destacou-se a importância da universidade como espaço estratégico na luta antirracista, não apenas como produtora de conhecimento, mas também como agente transformador da realidade social. As reflexões apontaram para a necessidade de que o pensamento crítico se converta em ação política, fortalecendo o compromisso de docentes, estudantes e trabalhadores com práticas efetivas de combate ao racismo institucional. A memória de Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento serviu como inspiração para reafirmar que o conhecimento produzido por mulheres negras deve orientar políticas e práticas comprometidas com a equidade racial e de gênero.

Como encaminhamentos, o grupo reforçou a importância do engajamento militante em diferentes instâncias, seja nos espaços acadêmicos, nas organizações políticas ou nos movimentos sociais, garantindo que as pautas antirracistas estejam presentes na formulação de políticas públicas, na formação universitária e na atuação cotidiana. O encontro, portanto, consolidou-se como um marco de articulação entre academia e militância, abrindo caminhos para novas parcerias, formações e ações conjuntas voltadas à construção de uma universidade e de uma sociedade verdadeiramente antirracistas.

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